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Boletim da SBEnQ 003 – A Química contra a pandemia do Coronavírus (COVID-19)

Sabão

Nesse momento em que se fala tanto de higiene como forma de prevenção à contaminação com o Coronavírus é até difícil imaginar que antes não existia sabão. No entanto, a produção de sabão é uma tecnologia muito antiga, pois há indícios de que os babilônios já o produziam, por volta de 2.800 a.C., conforme receita gravada em cilindros de argila que previa a fervura da mistura de cinza e gordura.

A eficiência do sabão está relacionada às moléculas que possuem uma parte com carga, que se liga a água, e uma parte sem carga, que se liga a sujeiras como graxas que não saem só com água. Essas moléculas formam micelas que permitem a remoção de sujeiras que não sairiam só com água.

No entanto, apesar do sabão ser um velho conhecido, o banho não era comum como é hoje. Na Idade Média, “A rainha Isabella (1451-1504) da Espanha orgulhava-se de ter tomado apenas dois banhos em toda a sua vida: um quando nasceu e outro no dia de seu casamento. Já a rainha Elizabeth I (1558-1603) da Inglaterra era uma entusiasmada banhista. Precisasse ou não, tomava um banho a cada três meses. […] O ato de tomar banho com sabão e água aconteceu graças ao Movimento Sanitário iniciado em Londres como resposta à sujeira onipresente — aos poucos reconhecida como uma das causas de cólera e de febre tifóide.” (Fonte)

Muitos de nossos pais e avós faziam sabão a partir de sebos e gorduras, sendo essa uma prática às vezes ainda realizada em aulas de Química.

Uma imagem contendo bolo, planta, vermelho, decorado

Descrição gerada automaticamente

Nesse momento da pandemia, lavar as mãos é um ato que está em moda, por ser um ato básico que dificulta a contaminação com o Coronavírus (COVID-19). Os sabões são os principais inimigos do Coronavírus porque a parte apolar das moléculas interage com a capa gordurosa que protege o ácido desoxirribonucleico (chamado de DNA) do vírus que infecta as células e causa problemas de saúde que podem evoluir e levar até mesmo a morte. Ao quebrar a capa de proteção do DNA do vírus as moléculas de sabão causam também sua destruição. Apesar de ser tão perigoso e causar tantos problemas à saúde e à economia, o vírus é bastante frágil a temperaturas altas e ao sabão.

O álcool 70% também é eficaz na destruição do vírus, mas sempre lavar bem as mãos com sabão deve ser um hábito a ser incorporado ao nosso cotidiano, mesmo após essa pandemia. 

Prof. Dr. Gerson de Souza Mól
Profa. Ms. Cristiana de Barcellos Passinato
Associados da SBEnQ

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